midiautoria

Midiautoria é um espaço para se falar sobre ser autor em uma sociedade midiatizada. Sentidos circulam nos/ por intermédio de diversos instrumentos tecnolingüísticos, constituindo efeitos de sentidos. Pensar, aqui, sobre as materialidades e suas potencialidades para um processo de autoria, que implica sempre heterogeneidade, acaba por nos colocar no movimento de ser autor.

Nome:

Doutora em Educação e estudiosa na área de tecnologia, em uma perspectiva discursiva.

7.11.08

Aciepe

Inscrição para Monitoria Aciepe

29.11.07

Newsmap

Um interessante mapa visual com notícias fresquinhas. Pena que não inclui o Brasil!



marumushi.com/apps/newsmap

26.11.07

Uma análise do IGF

IP Justice Report on 2007 Internet Governance Forum (IGF)

24.11.07

Neutralidade na Internet

Veja reportagem sobre as questões de neutralidade.
New Spin on Network NeutralityNovember 13, 2007
By Connie Book, Associate Professor and Associate Dean of Communications, Elon University

20.11.07

Imagem do IGF

Gilberto Gil e as importantes palavras sobre diversidade e abertura.

19.11.07

Passos para uma Internet multilíngüe

Leia mais algumas informações,no portal da Unesco, sobre o workshop discutindo multilingüismo e Internet.

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17.11.07

Acesso e seus movimentos de sentidos - Pôster no GigaNet

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15.11.07

Questoes Emergentes IGF

Para Robert Pepper:
1.usar radio spectrum para ampliar acesso
2.abaixar o custo da internet
3.as questoes da banda larga
4.investir em capacitacao das pessoas
5.aumentar a consciência dos beneficios da sociedade de informação
6. conteudo local em línguas locais. Criar informação das comunidades locais, criando também confiança nessas comunidades.
Vittorio Bertola: critica o controle da Cisco ao fazer produtos que colaboram com o controle de dados.
Pepper: conteúdo local, não apenas uma questao de língua, mas também de cultura.
represetante sociedade civil:a questao de como as novas geracoes usarao a Internet.
Mais do que a indústria oferecer aplicativos para a nova geracao, o que se deseja é a possibilidade de os jovens construirem para a indústria aplicar.
Nik Gowing: de maneira grosseira, comentou que a questao da criacao pela nova geracao ja foi bastante comentada, cortou a representante da sociedade civil que falava, considerando que ela nao estava no tema.

O mandato do IGF - uma discussão

William Drake - há o mandato estabelecido pela Tunis Agenda e há as experiências realizadas pelos vários países. A questão do processo ser multistaskeholder possibilita diversas ações em diferentes instâncias. Uma oportunidade para discutir os caminhos futuros do IGF.
1. Everton Lucero: IGF está sendo visto como uma bem-sucedida reunião, trazendo diferenciais da primeira. IGF é um processo. o mandato está aí para ser implementado. Nós o entendemos e o interpretamos, mas não temos a intenção de modificá-lo. O IGF está ancorado na UN, que convene the forum. De um lado, a UN reconhece que a Internet tem se tornado uma importante ferramenta pra implementacao de paz, segurança, direitos humanos no mundo. Tem corrido bem, mas deixe-me pensar uma teorética possibilidade: nao há um suporte financeiro adequado por parte da UN, por quê? paragrafo 33; multilateral, multistakeholder, transparente. Presenca de 4 ministros no IGF. A questão da transparência ainda é obscura. Comenta sobre sua contribuicão anterior nas reuniões preparatórias e o não retorno, indicando que não foi aceita sua consideração. Coloca a questão que se é um processo de multistakeholder, deveria haver uma troca, discussão de idéias, mesmo que issso significasse um confronto; só assim podemos construir um proceso realmente transparente, multilateral e multistakeholder.
2.Discutir qual o impacto do mandato. Tem havido real impacto com o IGF? Precisamos criar condicões de perceber o que está sendo construido e colocar em prática. Discutimos sobre participacão, ms como estamos realmente engajados e quem está? Devemos ter um equilíbrio entre interpretacão restrita e abrangente do mandato do IGF.
3. Uma oportunidade ímpar de processo multistakehoder. Além disso, há a participacão online e isso é muito importante. Uma coisa básica a fazer é entre os encontros do IGF criar oportunidades de discussão, especialmente do ponto de vista de empresas. Criar discussoes em nível nacional.
4. Fiquei agradavelmente surpreso de ver o processo de multistakehoder dando certo. Me preocupo fortemente com a divulgação de boas práticas, especialmente no aspecto do acesso.
5. Que nível de convergência pode ser feito? É um novo fenômeno. O mandato possibilita realmente trabalho conjunto?
6. Parminder: Precisamos examinar a agenda. Deveria haver um formato de relatos (report).Estaria realmente o IGf contribuindo com a construcão, os construtores de políticas públicas? Pensar sobre o que não estamos fazendo.
William Drake: como ter um diálogo aberto? como o IGF tornar-se realmente um grupo aberto de discussão? Coalizacao dinâmica como mecanismo para controlar, direcionar a discussão, mas como gerar mecanismos para um diálogo mais amplo.
Mathel: aprender com os outros e levar de volta para os seus. Há necessidade de se levar de volta pra sociedade de modo que possa virar política.
Everton: alguns melhoramentos: sessões principais (main sessions) poderiam ser lugar de receber reports dos workshops e espaço para discutir acões. Comecou aqui no Rio a construção de reports dos workshops. A sala que estamos hoje é um território da UN. Se não houver adquada representação de diferentes stakeholders nao haverá um processo que possa realmente contemplar a todas as nações envolvidas.
Ana Sílvia: O caráter de fórum significa o quê? Há uma mesa com 5/7 palestrantes que muitas vezes apenas apontam algumas questões já correntes. As perguntas são a grande questão que faz esquentar a discussão. No worksohop de políticas públicas, houve uma fala para dirigir as questões ao panelistas, no lugar de usar o microfone para expressar seu ponto de vista!x

Algumas questões que surgiram:
Como controlar o fórum? O que temos que evitar é a diminuicão da negociação.
A importância de haver recomendações, reports, documentos, especialmente porque as pessoas que realmente precisam ou podem decidir não estão aqui.
A não contemplação de gênero, diversidade de instâncias; há a repetição de pessoas, deveria haver empenho de suporte pra outros stakeholders. Ausência nos fóruns da UN.
O formato de panelista não estimula a participacao. Talvez grupos menores...
As coalizões dinâmicas têm respondido ao critério de multistakeholder?

Everton destaca o parágrafo 72 da Tunis Agenda e reforça a idéia das mains sessions tomarem os resultados de discussoes dos workhops pra pensarem em ações possíveis...

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13.11.07

Um pouco do IGF


O Internet Governance Forum está sendo um intenso debate sobre importantes questões relacionadas à Internet. Os posts abaixo mostram um pouco do tanto que vem sendo discutido. Acho que são idéias que podem nos levar a discussões e parcerias posteriores.

Global Internatinal Governance Academic Network - GigaNet - 11/11/07

Participei, no dia 11, domingo, no Giganet (um evento paralelo ao IGF e que vem ocorrendo no dia que antecede o inicio do IGF), apresentando um poster sobre Acesso e seus movimentos de sentidos. Fiz uma analise, na perspectiva da Analise de Discurso Orlandiana, da circulacao da palavra acesso, nas Open consultations (reunioes preparatorias ao IGF), e o jogo de forca entre os stakeholders para a estabilizacao de determinados sentidos.
A programacao do Giganet pode ser vista em: http://www.igloo.org/giganet
Meu artigo foi enviado pro periodico online www.achegas.net, mas ainda nao foi publicado. Depois do dia 15, colocarei o poster aqui.

Diversidade - Painel Geral

Adama Samassekou: destacou a importancia de criar o MAAYA para integras países e línguas.
Representante setor empresarial:fala da criacão de recursos, mas uma das coisas mais importantes é a criacão de meios de se comunicar com culturas diferentes.A questão de incorporar padrões de interoperabilidade é fundamental. Destaca a necessidade de contemplar a acessibilidade.
Representante da India: cita casos exemplares na Índia, como pescadores olharem a Internet para verificarem pontos de pesca, marés etc. Destaca que se antes os casamentos eram escolhidos, hoje os filhos acessam a Internet e escolhem seus pares, tendo, assim, a Internet uma natureza de desrespeito à cultura das castas. Internet nao apenas econômica,mas transformações sociais e isso nem sonhávamos acontecer.
Tatiana Ershova: 180 grupos étnicos na Russia. 23 línguas oficiais.Isso é relevante em termos de GI. Há diversidade cultural, de escolha , de acesso. a internacionalizacao dos DNs é essencial para o desenvolvimento contínuo da Internet.
Faltstrom: a questao dos domínios internacionais é apenas uma questao, não é a solução. Destaca que no lugar de criticar a Wikipidia, pelo copiar e colar, pedir aos alunos para escreverem artigos na Wikipidia.
Petrazinni:é preciso ter pessoas capacitadas pra construir conhecimento local. Asia, Africa, América Latina e Caribe = aplicação de pesquisa.
Sammassekou:há línguas que não são reconhecidas por aqueles corpos que manejam a Internet. convival multilingual funcionalism = recohecer a existência de outras línguas;reconhecer o status de outras línguas; as africanas, por exemplo, não são tidas como línguas de trabalho, mas antes de essas línguas serem importadas, a Africa já era um continente lingüístico.
mulher francesa:
Ministro Gilberto Gil: como países em desenvolvimento se mobilizam para movimentar sua diversidade e processos que contemplem as características próprias de cada país? No caso do Brasil, buscamos já há 6 anos, e agora com Lula, uma interação muito forte com a Onu. O Brasil propôs a agenda de desenvolvimento, até questões como implementar nossa música e audiovisual, defendendo as especificidades de nossas características nacionais, além da participação do Brasil em vários fóruns, a articulação com fóruns internacionais como o Mercosul, com demandas regionais, intercontinentais. Desenvolvimento, não visto apenas na perspectova da econometria, do economicismo, mas tendo a cultura como parte fundamental. Deselvolvimento com cultura. Estamos atualizando as leis de propriedade intelectual. Ministério da Cultura: direitos autorais e Ministério Ciência e Tecnologia:patentes. Determinação coletiva de políticas de passagem do sistema analógico para o sistema digital, e isso também chega à Internet. No que diz respeito aos modos de práticas: Cultura Viva, uma linha de vários programas facilatores do acesso a esse universo digital, a discussão sobre novas tecnologias. Eu diria que a Internet, no sentido geral, esta estimulando, eu diria exigindo mesmo a politização das novas tecnologias, a partir da sociedade civil, para que tome conhecimento e saiba o que é preciso fazer para que esteja realmente incluída nesses processos todos. Possivelmente teremos que ter uma prorrogação do mandato das Nações Unidas, no sentido de garantir o processo multilateral em toda sua extensão e profundidade.

Iniciativas do CGI-Br Producao e Difusao Conteudo Digitais

Dr. Henrique Faulhaber: Comeca apresentando o CGI - Comite Gestor da Internet. Ha diversos grupos de trabalho que procuram investir os valores recebidos pelos registros dos dominios no desenvolvimento da Internet. Destaca o livro Indicadores da Internet Brasileira como um importante material para se conhecer a sociedade brasileira e sua relacao com o digital. A questao do trafego de conteudos: antigamente, para falar com alguem em SP, era preciso que os datagramams fossem a Miami e voltassem, hoje,nao. Ha tentativas de criacao de mecanismos e projetos de lei, procedimentos para o combate aos spam, bem como um trabalho de sua mensuracao. Essas sao atividades ligadas a infra-estrutura. O Projeto Conteudo vem para possibilitar a visibilidade de conteudos de instituicoes que nao tenham condicoes fisicas para faze-lo, modificando, assim,a pouca quantidade de conteudos em LP, tb em multimidia, de diversos objetos em LP.
Destaca as principais atribuicoes do CGI. A questao dos conteudos esta bem dentro desses objetivos.
Temos 1,2 milhao de dominios=para pessoas juridicas, profissionais liberais e novos dominios. 90%= .com
O Brasil esta entre os dez maiores ccTLDs do mundo.

PTT.br: pontos de troca de trafego metropolitanos, sediados em multiplos data centers neutros. regras de adesao que pressupoem tratamento equanime.: Esses pontos e outra atividade do CGI.

Projeto conteudos digitais: principios: producao cultural acessivel de forma ampla - fundamental para desenvolvimento educacao e qualidade de vida e identidade nacional, conteudos o mais internacionalizados possivel. Muita coisa ja foi feita que estao em CDs. Tornar os conteudos mais organizados e acessiveis, o que significa nao apenas a producao, circulacao ,indexacao e especialmente o uso pelo cidadao.
Sobre a busca, temos a web profunda, que o google nao busca, assim, um dos objetivos e construir um buscador proprio que consiga chegar a essa riqueza de conteudos.
Parceiras: petrobras, overmundo, rived, wikip, iochpe, futura, itua, cultura viva, funarte, fio cruz, ibict, Museu lp, museu da pessoa etc.
Destaca outro seminario no qual foram discutidos 4 temas: acervos, tecnologia(indexacao, busca etc), propriedade intelectual(a legislacao brasileria e mt restritiva,o pessoa do FGV discute issso: fair use), educacao (como professores podem se apropriar de conteudos digitais). Tudo isso gerou um memorando de intencoes (um consenso entre entidades participantes). objet: identificar e mapeas acervos e colecoes. desenvolver criterios para priorizar acervos e colecoes, definir padroes minimos para formatos acessiveis e metadados alinhados com padroes de interoperabilidade adotados internacionalmente (e preciso o minimo de catalogacao para ajudar o usuario e o proprio usuario ajudar o sistema). o projeto visa um modelo de federacao de conteudos publicos, que ofereca a instituicoes condicoes de indices que indiquem a criacao dos acervos das insti. outro obj: modernizacao do marco regulatoria do direito autoral e da propriedade intlectual, para que nao sejamos mais uma legislacao restritiva. Conjunto de filmes da hist do Br que precisam ser analisados para serem colocados online.
Problema: ha limitacoes juridicas e de recurso disponiveis para digitalizacao de acervo e solucoes tenologicas nao aderentes. A internet esta crescendo, mas a Lp nao esta. A comunidade de lp aqui reunida esta tb com essa preocupacao de criar mecanismos para viabilizar a LP na Int. Pretende-se que esse projeto nao se restrinja ao portugues do Brasil. e importante que os demais paises falantes da LP, que tenham conteudo relevante, know-how, possam colaborar para que esse projeto nao seja apenas brasileiro. Portanto uma articulacao politico-institucional.
Propostas: adocao ou desenvolvimento de ferramentas de vusca; adocao ou desenvolimento de plataformas, padroes e ferramentas que facilitem a interacao, colaboracao e protagonismo de atores envolvidos na producao e difusao. a importancia da comunidade academica de usar o conteudo produzido e nesse gesto, gravar no sistema seu percurso e processo, de modo que outro prof. pode partir daquela etapa.Ou seja, a criacao de historico de consultas e caminhos seguidos na interpretacao de conteudos online (interpretacao que significa producao, cf ja afirmou Eni Orlandi - cf livro). Desenvolver conteudos de dominios publicos, livres.
Tipos de projetos que estao sendo desenvolvidos:
1. pesquisa para identificacao de colecoes nas instituicoes participantea (instituicoes que tenham material online=colecoes)
2. comunidade virtual para instituicoes de cultura e professores e alunos
3. buscador especializado para encontrar conteudos nos acervos das entidades participantes
4. acesso universal a conteudos publicos
5. Servico publico de difusao de conteudos (criacao de plataformas, streaming musica e video sob demanda, ja ha um trabalho com a usp)
6, participacao de bibliotecas.
7. estudo de padroes de indexacao na area cultural
8 necessidade de capturar a producao contemporanea que ja nasce digital, em diversos regioes do pais
9. cooperacao com outras entidades internacionasi em paises lusofonos.
http://cg-conteudos.cgi.br

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Multilinguismo e Padroes

Workshop organizado pela ITU, ICANN e Unesco.
Mesa de abertura:
Membro d ITU: Como fazer uma Internet inclusiva? Essa e nossa discussao aqui.ITU padroes feitos para romper barreiras e ser uma opcao para estados e gupos sociais estarem integrados.Cooperacao e o elemento principal. Ter como principio a formacao de uma comunidde linguistica. Temos uma longa historia de consensus building and collaborative efforts. Como melhorar a integracao?
Lisbeth: A Unesco se preocupa com o conceito de sociedade do conhecimento.Se referiu ao documento da Unesco de promover uso de diversas linguas. Lingua para comunicar conhecimentos e tradicoes. Quem pode participar dessa sociedade do conhecimento? Criacao de mecanismos de implementacao para os que estao fora. Enfatiza a importancia do trabalho com parceiros como ITU e ICANN.
Membro da ICANN:desafio de implementar padroes de interoperabilidade para diversas linguas mundiais. A questao dos dominios de segundo nivel e de top level: a questao das empresas e das linguas.
Panelistas:
1.Chistine Arrida, diretora tele Egito
2.Claudio Menezes(Ibict/Ministerio Ciencia e Tecnologia)
3.Vincent Cerf, Google
4.Govind, ministro India
5. Klensin, independent consultant
6. Malcon Johnson
7. Adama(Maaya): pra que serve o code se nao ha conteudo?
1. qdo se pensa em conteudo se pensa em usuarios tambem. Eh uma relacao ovo galinha. Temos que trigger content para promover acesso. Temos que ter certeza que a Internet nao pode ser fragmentada em diversas linguas.
2. multilingualism in the digital world: can this utopia become reality? varias questoe se colocam: scripts de linguas orais e escritas,producao de conteudo etc
How to include your lgg in the online space? : publicacao cf site www.unesco.org/weworld/multilingualism
4. a questao dos padroes e da seguranca eh mencionada. scrpts e populacoes com linguas diversas: eis o problema. Ressalta que a Icann esta trabalhando com producao/liberacao de dominios que favorecam diversas linguas.
3. nao ha restricoes de conteudo na Internet. a questao principal eh a questao tecnica dos dominios e dos recursos de comunicacao como e-mail. teriamos que ter multiplos e-mail identities para poder conversar com diversos paises, mas devera haver um mecanismo de resolver isso: o sistema de main names. A questao que fica eh quem vai ser responsavel por esses dominios internacionais?
8. Alguem do Vista (Microsoft): 230 locales e 130 lgges ship with Vista.
Vista for scripts como arabe, chines.Unicode 5.0 nao e capaz de representar diversas linguas. interoperabilidade baseada em padroes abertos e pequisa de mercado.
A internacionalizacao dos DN e chave pra nos.
5. temos conteudo quando temos usuarios. (!!)
7. havera em algum momento uma mudanca de mentalidade sobre a diversidade?
6. condices tecnicas necessarias para colocar conteudo local em rede. Quao realistica e a ideia de que tantas milhoes de lgas estarao online? desenvolvimento do Unicode consorcio, destaca as recomendacoes da ITU sobre scripts variados.

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Diversidade Linguistica - Coalizacao Dinamica

O objetivo desta reuniao promovida pela Coalizao Dinamica de Diversidade Linguistica e discutir as questoes de como promover a integracao e circulacao das linguas no espaco digital, pensando tambem em maneiras de trabalhar as linguas que estao em processo de extincao.
Russia (internet Institut):apresentacao sobre multiligual aspects sore Internet governance. Comeca se referindo aos documentos do WSIS, destacando as questoes sobre criacao de conteudo local em diversas linguas.
CyberAtlas, 2003: numero de nao falantes de ingles tem crescido consideravelmente.
Brenda Danet, 2003 cf.
Progresso de acesso gracas ao UNICODE, que permite o acesso a outros alfabetos que nao os latinos.Destaca os problemas: criacao de conteudo, possibilidade de leitura (literacy), questoes tecnicas e economicas.
Ha necessidade de um lingua franca. Se nao, machine translations (Google, ACCENT (Isral). Considera que as maquinas de traducao podem ser usadas para evitar problemas politicos.(!!)
Ha tentativas de construir mecanismos sofisticados para o processo de traducao online, mas eh necessario haver mais pesquisa e envolvimento de varios paises.
Russia 180 linguas, 24 sao oficiais. Documentos traduzidos para as linguas nacionais, sites em Russian e linguas nacionais. dicionarios e livros didaticos em mais de uma lingua. Financiamento inadequado e
insuficiente traingin of specialistas: esses sao as causas de haver muito pouco de Russo na Internet.
Daniel Pimenta(MAYAA< Funredes)integracao da traducao pela lista de discussao. Inicia apresentando os precos da traducao.(!!) Destaca a relacao entre qualidade e trabalho profissional de traducao e revisao. A traducao automatica, segundo ele, nao e uma traducao mas uma ajuda a intercompreensao. Aqueles que precisam da trad. automatica ficam contentes, os que nao precisam sao os que criticam a qualidade das maquinas.
Daniel da um exemplo da traducao automatica de frases longas: os problemas de sintaxe e mesmo de morfologia, a perda da netiqueta. O tempo de valorizar aplicacoes como EMEC ainda chegara.
Pergunto para a mesa:
1.Há dois aspectos difíceis: os scripts, a codificacao das línguas e o mais difícil a construção de conteúdolocal.Eu gostaria de ouvir de vocês se há alguma experiencia bem sucedida na produçcoa e circulacoa de conteúdo local no espaço digital.
2. Os sistemas para coletar dados da Internet é uma outra questão. Diferentes sistemas, resultados diferentes. Quais você (Pimienta) considera mais confiáveis?
Respostas:
1. Pesquisadora russa responde:has muitas linguas, nao ha forte suporte, nem de sistemas, nem de organizacoes financiadoras, ha pouco dinheiro. Nao muito foi feito.
2. Daniel Pimienta responde: relata uma pesquisa que considera haver uma correlacao entre quantidade de usuarios de um pais e numero de paginas na lg oficial deste.
Me pareceu que nao respondeu exatamene a pergunta.
Nandasar(University of Colombo); MIkami(Language Observatory, Nagaoka University of Tecnology). Apresenta varios graficos que podem ser vistos no site do Language Observatory. Fala sobre os mecanismos de codificacao das linguas asiaticas. Destaca que o Google so disponibiliza 35 linguas asiaticas.
Um representante do Language Observatory: languages on the African web. 70% hosts fora da Africa.Os dominios seriam feitos nao para o povo africano?

Acesso livre ao conhecimento - Seminario

Angola, Mocambique, Cabo Verde, Guine-Bissau sao os paises estrangeiros compondo a mesa, juntamente aos representantes brasileiros.
Representante Ministerio Brasil:Aventura promissora de afirmacao de nossa identidade. Buscamos niveis mais elevados de conhecimento. Buscamos que o conhecimento construido em LP seja acessado de forma livre e irrestrita. Estamos em um momento historico. Destaca o papel do IBICT nesse processo de producao e circulacao de conhecimento.
Nos proximos anos, ha a ideia de realizar seminarios altenados nos diversos paises lusofonos.
IBICT: criacao de periodocos eletronicos: processo relevante.
Cita o exemplo da Unicamp com suas teses digitalizadas.Afirma que a Unicamp disponibilizou no Gogle suas teses, o que gerou alto indice de acessos. Esse e o desafio de todos.
Representante do presidente de Portugal destaca o indice de LP na Internet, ressaltando a necessidade de aumentar a visibilidade da LP e o conhecimento produzido nela.
a problematica das divulgacoes cientificas vem sendo tomada como essencial em Portugal, entendida como politica publica, disponibilizando 16 mil revistas a pesquisadores e alunos das universidades.
Aumentar a competitividade na UE implica disponibilizar publicacoes em repositorios de acesso aberto. Em Portugal, ha ainda participacao modesta da industria na pesquisa cientifica; grande parte da investigacao e financiada pelas entidades publicas e, portanto, sua publicacao em dominio publico eh fundamental.
Termina, destacando a importancia de se definirem projetos para por em acao as ideias aqui discutidas.
Vice-Ministro de Angola:Acho que os protocolos sao muito bons, mas temos que ter projetos, mesmo que pequenos, com financiamento, tentando enquadrar essas iniciativas em ambito internacional. Achamos nos, em Angola, que antes de termos acesso a esses conhecimetos cientificos, temos que ter acesso a infra-estrutura, pq sem ela nada se conseguira.
Nesses encontros sao importantes pq neles nao se pode deixar de falar sobre mobilidade e globalidade: fuga de cerebros, movimento dos pesquisadores. Angola e um pais jovem que alcancou a paz ha 5 anos, tendo uma universidade publica que apresenta nucleos em diversas regioes do pais. Esses encontros como este deveriam pensar em centros de excelencia com mobilidade de investigadores, com projetos comuns, e acima de tudo ha necessidade de um fundo de pesquisa para apoiar todo esse processo de conhecimento.
O acesso livre a informacao eh um nutriente indispensavel para a boa saude do conhecimento. E precisa movimento, um circulo virtuoso do saber - producao, circulacao e inovacao. Se o acesso ao conhecimento cientifico trara progresso, e preciso mecanismos digitais para dar forca a isso. Politicas publicas sao necessarias, ja que o capital humano e nosso grande problema.
Sera que os conteudos em LP estao devidamente disponibilizados? Sera que nossas politicas publicas de articulacao estao claras e sem preconceito? Espero que cheguemos a algum memorando, algum protocolo de cooperacao.
A importancia a criacao de fundos para a cooperacao internacional. eE preciso passar da retorica para resultados concretos. Cita o exemplo da Franca: pesquisadores passam algum tempo em Angola, discutindo, partilhando experiencias.
Representante do Brasil: ressalta a importancia de acesso a todo tipo de conhecimento: tradicionais, culturais e cientificos (!!). A importancia de construir bancos de dados para troca de conhecimento. Destaca a ideia de fazer semanas integradas; destaca que eh possivel a utilizacao conjunta de laboratorios, redes.
Gadelha:Esse encontro e muito relevante nessa discussao sobre o acesso ao conhecimento, levando-nos `a inovacao. O que temos percebido eh um fechamento da informacao cientifica, ja que esta leva `a inovacao e ao desenvolvimento economico. Ha, portanto, uma dificuldade de acesso amplo.
Ha um compromisso nosso de garantir o conteudo de LP na Internet seja cada vez mais uma realidade. ha um interesse grande do governo brasileiro de articulacao com os paises falantes de portugues, incentivando a criacao de conteudos de LP na Intenet.
E um ponto prioritario no governo Lula. Nao e so o acesso `a informacao,mas a capacidade de criar conhecimento. e necessario termos uma comunidade cientifica punjante, ativa para criar inovacao e chegar ao povo, possibilitanto uma vida mais digna. Temos uma curva ascendente de producao cientifica, mas na area de tecnologia, de patentes estamos muito aquem do que poderiamos. Esse e nosso desafio.
Luciano Macieira - Africa 2 -Ministerio das Relacoes Exteriores: congregar paises e agregar conhecimento.

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Seminario Acesso Livre ao conhecimento Cientifico nos Paises Lusofonos

o IBICT e o Ministerio de Ciencia e Tecnologia organizam uma jornada , na qual circularao os seguintes temas:
1. Acesso livre no Brasil
2. Acesso livre em Portugal
3. Iniciativas do CGI-Br para a producao e difusao de conteudos digitais em lingua portuguesa
4. Advanced approaches do multilingual internet
5. Multilingual access to library information: the approach of the Library of Alexandria
6. Projeto Brasil/UNDL
Vou acompanhar e, durante o dia, passo algumas ideias.

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Critical Internet Resources

Essa e uma fundamental discussao. Inclui aspectos como: infra-estrutura, gestao de recursos, IP, dominios, servidores raiz, padroes tecnologicos, pontos de trocas de trafego, transicao multilinguismo.
Funciona como um tema transversal.
A discussao foi intensa e envolve questoes tecnicas, administrativas e portanto politicas. A mesa composto por representantes da sociedade civil, empresa, universidade e governos foi bem indicativa do modelo que se pretende para a Internet: uma perspectiva de multistakeholder.
A grande questao em debate eh o proprio modelo de governanca, sendo feita uma critica a ICANN, embora esta venha se encaminhando para uma abertura em seus posicionamentos.
Vale destacar a fala de Milton Mueller sobre net neutrality. Confira: www.internetgovernace.org

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Abertura da/na Internet

O workshop openness of the Internet: protecting both freedom of expression and security" foi bastante interessante. Aconteceu ontem, promovido por COE, OSCE e UNESCO.
Quanto maior a liberdade de expressao, mais seguranca se tem.
Ha necessidade de aumentar as condicoes para da voz a maior numero de pessoas para democratizar efetivamente a Internet.
Os desafios referem-se aso direitos de privacidade e aos crimes virtuais.
Como manter o desenvolvimento social e economico sem arriscar a liberdidade no fluxo de informacao.
Houve um destaque de que a liberdade de expressao deveria ser considerada como uma questao de politica publica.
a questao que se coloca e quem vai colocar o equilibrio entre liberdade de expressao e seguranca. Nao e, na verdade, uma funcao de um grupo ou um pais, mas uma construcao coletiva, que passa por convencoes para estabelecer principios, regulacoes nacionais via leis.

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12.11.07

IGF RIO

Estamos no primeiro dia do IGF. Na sessao de abertura, Mangabeira Unger destaca a importancia de se questionar o modelo de governanca que nao se baseia em um processo com a presenca de multistakeholders e que seja dependente de apenas um pais. Destaca ainda a necessidade de participacao da sociedade civil.
Sergio Rezende destaca a Internet como um bem publico, afirmando que o atual modelo de governanca deve ser repensado.Enfatiza os padroes abertos e os esquemas alternativos de financiamento como fundamentais.Sobre controle na Internet, afirma que controles abusivos que restrinjam a circulacao de datagramas devem ser evitados.
Nao pretendo aqui apresentar as falas de todos os estrangeiros da mesa (acho que tudo sera disponibilizado no site www.intgovforum.org), mas destaco a de Anriette da APC. Ela afirma que a Internet e um bem publico e que as questoes de governanca tambem devem ser consideradas de bem publico.
(A falta de acentos se deve a um probleminha na maquina).

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6.11.07

V Encontro Internacional Saber Urbano e Linguagem

Começa amanhã o Encontro promovido pelo Labeurb, tendo como tema a discussão sobre produção de consenso e políticas públicas. Um importante evento, que terá representantes de áreas como educação, trabalho, esportes compondo mesa com os analistas de discurso.

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5.11.07

Mídia Independente

Veja que interessante maneira de compreender a mídia e seu papel social: Centro de Mídia Independente www.midiaindependente.org

2.11.07

Wikipédia e autoria

Interessantes fatos e reflexões para se pensar sobre a questão da autoria na Rede


24.10.07

Campinas, por Pereira dos Santos

Ode a Campinas


Odeio e te amo, ó Campinas – minha Lésbia, minha Musa - Como a de Catulo e Matos com suas liras maledicentes

Ó Campinas, tu Campinas, ó Campinas, Campinas do Matogrosso, Campinas da Freguesia da Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Matogrosso, Campinas da Vila de São Carlos, Campinas de Barreto Leme, Campinas do Brasil, Campinas de São Paulo, Campinas dos paulistas, Campinas dos brasileiros e, sobretudo Campinas dos campineiros

Campinas dos burgueses boçais, dos pobres sem fé e sem futuro, dos barões e impérios de café que poram esta, outrora vila do açúcar acima, nos mapas dos cifrões ao troco de milhares de negros assassinados

Campinas das grandes fazendas que ostentaram todo o luxo e riqueza e que hoje não passam de museus que abrigam fantasmas de um passado longínquo, medonho, glorioso

Campinas com status de capital falida e carpira, envolvida na mortalha da febre amarela

Campinas das revoluções, destroçada pelas bombas vomitadas pelos bombardeiros de Vargas; Campinas de Carlos Gomes que rege seu O Guarani se contorcendo em seu túmulo ao som de marcha fúnebre

Campinas de Toninho que um dia sonhou ser uma Campinas mais justa e que hoje, não passa de uma Campinas mais violenta, feia e suja ( aliás, Campinas, onde estão os assassinos de Toninho?!)

Campinas de um Taquaral, de um Jequitibá e de um Parque Ecológico fleumáticos, chatos, sem atrativos, monótonos

Campinas da Francisco Glicério adoecida no caos do trânsito selvagem e insuportável

Campinas do formigueiro humano da 13 de Maio

Campinas que abrigam em suas praças, ruas e avenidas prostitutas e travestis ao custo de 20,00 reais

Campinas dos calçadões e das igrejas antiquárias que fecham os olhos às crianças abandonadas, aos mutilados, mendigos, bêbados e vagabundos jogados a esmo, vivendo das migalhas do povo e agonizando em sarjetas e escadarias à luz do dia

Campinas do capitalismo, do consumismo, da fartura, da riqueza, dos rios de dinheiro; do bilhete único e da entrada de cinema que custam os olhos da cara

Campinas que segue fielmente a máxima da Flâmula Nacional, iniciado por Comte: “ Ordem para os pobres e progresso para os ricos.”

Campinas de Hilda Hilst – esta imortalizada no esquecimento do nada; Campinas das favelas imundas, barrentas e fétidas que poluem a visão de todos os cidadãos campineiros que querem ver uma Campinas prodigiosa

Campinas dos condomínios faraônicos onde filhos de médicos e advogados se masturbam e se drogam em banheiros de 2.000 reais

Campinas das senzalas, dos quilombos; Campinas dos escravos, parte primordial dessa amálgama de gente e concreto

Campinas do Centro de Convivência, lugar das tribos; Campinas dos trens e trilhos apodrecendo, de times de futebol que simbolizam o espírito da cidade: O FRACASSO!

Campinas das charnecas, dos Bandeirantes, Bucaneiros do Sertão – tão assassinos quanto desbravadores – que fizeram do campinho, este lugar que ponho a cantar Campinas

Campinas da Anhangüera - via do progresso - onde aspirantes de suicidas tentam se jogar de suas passarelas, via do progresso - que impulsiona com toda velocidade a carga de um milhão de reais em cocaína e maconha que sustentarão famílias e criarão milhares de novos empregos

Campinas, a cidade do medo, ontem e hoje; megalópole do futuro, dos operários indefesos, dos festins homossexuais, Campinas dos políticos tão sujos quanto o Piçarrão, no qual suas águas turvas e lamacentas banham não só seu caminho natural mas a Câmera e a Prefeitura Municipal

Campinas que já desabou como Seo Rosa – apático, triste, jogado em sua solidão e desesperança; Campinas dos pedintes de esmola sem graça que ficam por aí empestando todos os semáforos, fazendo disso a mais nova profissão que logo exigirão carteira de trabalho assinada

Campinas dos teatros que estão caindo suas paredes e reputação, dos camelôs e carrioleiros que se espremem em ruelas e becos de submundos ocultos em meio à selva de pedras

Campinas dos perueiros, das espeluncas chinesas que alimentam o nojo através de pastéis e salgados de aspectos repugnantes

Ah! Campinas! Campinas! Minha Lésbia que beijo e escarro, cidade lúgubre, minha noiva soturna, escreverei epitáfios e sonetos póstumos pra ti e lerei no Saudade, que há de ter mais animação que qualquer outra coisa que viva em suas entranhas,ó Campinas

Campinas! Não sou bicho do mato não, sou bicho do asfalto: respiro fumaça e me alimento de poluição; Campinas que me viu nascer, que me acolheu, que me viu crescer e que quer me ver morrer sobre teu solo maternal

Ó Campinas me ame, sou teu filho

Campinas eu sou Elesbão

Campinas eu sou Mané Fala Ó

Campinas eu sou o Politizador

Me ame, Campinas, me ame tanto quanto amou Carlos Gomes e Campos Sales

Ó Campinas descobri que te odeio mais que te amo, mas que quando amo, é um amor visceral como este

Campinas dos sonhos interioranos, dos sossegos carpiras deitados em redes de descanso, Campinas dos “erres” carpiras, Campinas dos carpiras; dos retratos preto e branco, empoeirados de uma Campinas perdida em algum tempo distante; Campinas dos meus tempos de infância que não voltam mais, de ficar jogando bola na rua com os pés descalços, brincando de pega-pega, de esconde-esconde e de ficar sacaneando as campainhas da vizinhança; Campinas das brincadeiras, correndo debaixo de chuva; Campinas das manhãs de domingo ensolaradas, do Tio Tabajar levando a matilha de primos pra brincar no parque; de ficar trepado no pé de manga e no pé de goiaba pra ficar chupando manga verde e comendo goiaba madurinha; Campinas boa, Campinas morta, Campinas da casa de meus avós; Campinas de luz pálida, das músicas de velório; das alcatifas dos caixões onde posso deitar-me, dormir e sonhar; ver estrelas, sereno, tranqüilo... Aqui na amistosa Amadeu Mendes, na aconchegante Vila Lemos...


Ah!Campinas! Eu morro junto com você!

Pereira dos Santos

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22.10.07

Festival Multimídia na UFSCar

1º Festival Multimídia de Rádio, TV, Cinema e Arte Eletrônica
22/10/2007

O 1º Festival Multimídia de Rádio, TV, Cinema e Arte Eletrônica, promovido pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), será realizado de 22 a 25 de novembro.
Na programação, diversos workshops sobre TV, rádio, cinema e uma mesa para discutir conteúdo no mundo digital para educação.

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12.10.07

As práticas da escrita

Roger Chartier publica artigo no Le Monde:

11.10.07

sobre Web 2.0

Interessante vídeo sobre Web 2.0
Web 2.0

8.10.07

Saber Urbano e Linguagem

V Encontro internacional Saber Urbano e Linguagem - Produção de Consenso e Políticas Públicas.
Programação em Labeurb

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IGF DOCUMENTO MANIFESTO

Contribuição de organizações da sociedade civil e pesquisadores brasileiros ao II Internet Governance Forum (IGF)

1) Introdução

Entre os dias 03 e 04 de julho (São Paulo) e 12 e 13 de setembro (Rio de Janeiro) várias entidades da sociedade civil e pesquisadores brasileiros se reuniram para debater a pauta do Internet Governance Forum (IGF), a se realizar na cidade do Rio de Janeiro, em novembro deste ano. Posteriormente, o debate prosseguiu através de uma lista de discussão na Internet.

Agora, tornamos público este documento que reproduz o resultado consensual de nossas demandas ao IGF. Esperamos com isso contribuir para que o Internet Governance Forum venha a ter o “enforcement” necessário para cumprir o mandato que lhe foi conferido pela Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI).

2) Recursos críticos

2.1 - Nomes e números
- Defendemos a internacionalização da ICANN, de forma a garantir que a entidade seja:
Livre da possibilidade de captura por parte de interesses comerciais;
Livre de legislações nacionais;
Livre das demandas advindas do MoU (Memorandum of Understanding) com o Departamento de Comércio dos Estados Unidos;
“Multistakeholder, transparente e democrática”.

2.2 – IPv4 e IPv6
- Entendemos que os números de IP são bens públicos globais e devem portanto ser assim tratados pelos governos, organizações e empresas responsáveis pelo seu gerenciamento. Desta forma instamos o IGF
a garantir a redistribuição gratuita dos Ipv4.

- Considerando-se a desigualdade e injustiça da atual distribuição, instamos o IGF garantir que a redistribuição dos números IP irá priorizar os países em desenvolvimento, com especial atenção aos menos desenvolvidos.

3) Acesso

Princípio: “Sendo a comunicação um direito humano fundamental, o acesso universal às TICs é indispensável para a garantia ao pleno desenvolvimento humano.”

Deste modo, instamos o IGF a:

3.1 - Infra-estrutura física
- Garantir a neutralidade da rede diante de controles no tráfego de conteúdo, com fins políticos e/ou comerciais.

3.2 - Interconexão
- Buscar que o roteamento ocorra cada vez mais próximo de onde o tráfego é gerado.

- Solicitar à União Internacional de Telecomunicações (UIT) que torne público, através da publicação de relatório anual, a ser apresentado em cada edição do IGF, os custos de interconexão internacional.

- Fomentar estruturas normativas que estabeleçam tratamentos equilibrados/equânimes para tarifas de interconexão.

3.3 - Capacitação
- Fomentar, com recursos nacionais e internacionais, políticas de incentivo à capacitação para o uso autônomo e pleno uso do potencial das TICs.

- Elaborar um informe anual, a ser apresentado em cada edição do IGF, sobre os usos e resultados dos projetos de financiamento das TICs para o
desenvolvimento.

4) Diversidade

Instamos que o IGF:

- Fomente, com recursos nacionais e internacionais, projetos para a oferta de conteúdos em domínio público nas línguas locais, nas formas oral e escrita .

- Promova padrões abertos como forma de universalização do acesso a conteúdos, garantindo a interoperabilidade e a acessibilidade.

- Apóie a internacionalização dos nomes de domínio em línguas locais.

5) Abertura

- Exigimos a garantia do pleno direito à liberdade de expressão por todas as pessoas, sem prévio controle, exercido em conformidade com os tratados e convenções internacionais de direitos humanos

- Instamos o IGF a garantir a promoção dos padrões abertos (e do software livre) como condição para a autodeterminação tecnológica dos povos. Assim como, a disponibilização de conteúdos com licenças livres, garantindo o livre acesso e circulação de conhecimentos e culturas.

- Propor a harmonização das legislações internacionais no que diz respeito às limitações, exceções e uso justo das leis de propriedade intelectual em conformidade com os objetivos estabelecidos pela Agenda do Desenvolvimento da OMPI (Organização Mundial de Propriedade Intelectual), conforme o documento WO/GA/31/11 de 27 de agosto de 2004.

- Promover a disponibilização de conteúdos com licenças livres, garantindo o livre acesso e circulação de conhecimentos e culturas.

6) Segurança

Instamos o IGF a:

- Promover a criação e fortalecer as redes de cooperação intersetorial (multistakeholder) no desenvolvimento de ações preventivas e repressivas aos crimes cibernéticos. Estas ações devem ser realizadas a partir da estrita observação aos Direitos Humanos, assim como aos Tratados e Convenções ratificados pelos governos que garantem a dignidade da pessoa humana.

- Fomentar políticas de segurança que respeitem o direito de privacidade. Qualquer investigação deve ser realizada segundo os princípios da ampla defesa, do contraditório e do caráter confidencial das informações pessoais que constam no processo.

Assinam este documento:
Associação Software Livre
Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Coletivo Intervozes
Grupo de Pesquisa em Políticas para o Acesso à Informação (G-Popai) da Universidade de São Paulo (USP)
Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática (IBDI)
Instituto de Direito do Comércio Internacional e Desenvolvimento (IDCID)
Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação (NUPEF) da Rede de Informações para o Terceiro Setor (RITS)
Alessandro Octaviani – Direito GV São Paulo
SaferNet Brasil
Ana Silvia Couto de Abreu (pesquisadora autônoma)
Ibase

11.9.07

Artigo: Acesso e seus movimentos de sentidos


Leia artigo sobre um dos temas do IGF:acesso.
Disponível no site da Cátedra Multilingüismo e Produção de conteúdo em Língua Portuguesa.

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9.9.07

Blooks

Um blook é um livro com conteúdo que foi desenvolvido de maneira significativa a partir de material produzido originariamente em um blog ou outro website. Pode-se ler o blook assim concebido em http://www.lulublookerprize.com/faq.php
No Rio de Janeiro, está acontecendo a exposição "Blooks - Tribos e Letras na Rede", com a curadoria da professora de teoria crítica da cultura da Escola de Comunicação da UFRJ: Heloisa Buarque de Hollanda.
Palavras da curadora, "O que me chamou a atenção foi a alta qualidade. Tem muita coisa boa na internet, e eu pensava que fosse só entulho.(...)Blog é blog, literatura é litaratura. O blog pode ser estudado como diário, correspondência. Já a literatura usa o formato blog como canal para formação de público e para trocas. Mas é mais afeita ao papel". Heloisa entende que existam, hoje, práticas literárias que se manifestam em verso, prosa, quadrinhos, grafismos, raps e na interação de várias mídias.
Fonte: Folha de S. Paulo. E4 Ilustrada. Matéria de Luiz Fernando Vianna. Mostra avalia literatua produzida na internet 08/09/07.
Exposição: Oi Futuro - Rio de Janeiro - até 30/09.

8.9.07

II Seminário Preparatório IGF Rio - Convite


Programação completa no site do Nupef

3.9.07

IGF Consulta Aberta

Transcrição da Open Consultation

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Unificar ortografia = equívoco

Entrevista de Luiz Carlos Cagliari, professor do departamento de Lingüística da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara: Ruídos lingüísticos (com trema, por enquanto)

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28.8.07

Reforma Ortográfica

Reforma estúpida
Mais uma vez, burocratas de pouco tino pretendem enfiar-nos uma reforma ortográfica goela abaixo. Segundo reportagem da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal ou do UOL), as mudanças podem começar já no ano que vem. Há aí dois despropósitos e uma sacanagem.
Em primeiro lugar, a reforma proposta é ruim: gasta-se muita energia para obter avanços menos do que tímidos em termos de unificação da escrita dos países lusófonos. Isto, é claro, se Portugal comprar o pacote, o que talvez não faça. Em segundo e mais importante, é errado e inútil tentar definir os rumos de uma língua natural.
Só vão sair ganhando aqueles editores mais ágeis, que já têm prontos dicionários, gramáticas, cursos de atualização e material didático de acordo com a "nova ortografia" --e é aí que reside a esperteza.
Nunca foram meia dúzia de consoantes mudas --como nas formas lusitanas "adopção" e "óptimo"-- que constituíram barreira à intercomunicabilidade entre leitores e escritores dos dois lados do Atlântico. O mesmo se pode dizer do trema, das quatro ou cinco regras de acentuação que serão alteradas e das sempre exóticas disposições sobre o hífen --os demais pontos que a reforma abarca. Se há empecilhos à boa compreensão entre falantes do Brasil, de Portugal e de países africanos e asiáticos (não nos esqueçamos de Timor Leste), eles estão na escolha do léxico e no uso de expressões locais, felizmente ao abrigo da sanha legiferante de dicionaristas e parlamentares.
Línguas são como organismos vivos: nascem, crescem e morrem. Numa palavra, evoluem. Só que, ao contrário de entidades compostas por moléculas de carbono e codificadas por genes, fazem-no principalmente pelo que os biólogos chamam de "genetic drift" (deriva genética), isto é, sem muita seleção --até pode haver alguma competição entre idiomas, mas bem menos do que entre indivíduos. Escrever "super-homem" ou "superomem" não torna o português mais ou menos apto a sobreviver no mundo lingüístico.
E, se há algo especialmente desimportante para determinar o sucesso ou fracasso de um idioma, é a ortografia tomada isoladamente. Analisemos o caso do inglês, indiscutivelmente o idioma de maior prestígio hoje no mundo. A complexidade de sua ortografia, que é muito pouco fonética, já gerou toda uma mitologia. O escritor Mark Twain, por exemplo, propôs em tom de chiste que a palavra "fish" ("peixe") fosse escrita "ghotiugh", em que o "gh" soa como "f", como ocorre em "enough" ("bastante"); o "o" tem som de "i", como em "women" ("mulheres"); o grupo "ti" vale por "ch", como em "nation" ("nação"); e o grupo "ugh" não tem som algum, como em "ought" ("dever").
Só que o problema ortográfico do inglês, apesar de trazer mesmo uma série de dificuldades, em especial na alfabetização de crianças e no aprendizado como língua estrangeira, revelou-se também um dos ingredientes que, ao lado de outras características, tornaram-no uma língua extremamente versátil, o que contribuiu para o seu sucesso. Com efeito, a anomia ortográfica aliada ao despojamento dos sistemas nominal e verbal trouxe uma vantagem insuspeitada. Como as palavras podem ser escritas de qualquer jeito mesmo e substantivos se tornam verbos sem a necessidade de nenhuma adequação morfológica --em português, para tornar-se verbo, é preciso obedecer à flexão, recebendo, por exemplo, um "r" no infinitivo, como em "amar"--, a língua ganha uma enorme flexibilidade. Praticamente qualquer palavra estrangeira pode ser assimilada em sua forma original. Nenhum termo fica estranho demais para "soar" inglês. Mais do que isso, pode tornar-se, além de um simples nome, também um verbo. É o caso de "toboggan" ("tobogã" e também "fazer tobogã") que veio do idioma algonquino "ipsis litteris". O inglês é, nesse sentido, uma língua perfeita para a era da globalização e, não por acaso, aquela com maior número de vocábulos, boa parte dos quais emprestados de outros povos.
O "genetic drift" também faz com que idiomas possam conservar traços imemoriais sem que isso implique custos demasiado altos. Tal característica torna as línguas naturais verdadeiros palimpsestos, capazes tanto de assimilar modismos criados na véspera como de guardar relíquias herdadas de idiomas muito mais antigos. Seu curso, ainda mais que o da seleção natural, é absolutamente imprevisível. Vale a pena investigar dois ou três casos.
Para o termo "beócio", por exemplo, o dicionário Aurélio registra: "curto de inteligência; ignorante, boçal". Se olharmos para a etimologia, descobriremos estar diante de um preconceito das elites gregas, para as quais os habitantes da província da Beócia --os beócios-- não passavam de camponeses estúpidos e glutões. O sentido de glutonaria se perdeu, mas o de estupidez se manteve em várias línguas modernas.
Obviamente, não eram apenas os gregos os arrogantes e intolerantes. Os judeus do século 12 a.C. também tinham seus desafetos, mais especificamente os filisteus, com quem viviam guerreando. Foi assim que, em hebraico, "pelishti" ganhou conotações pouco abonadoras, que, passados 33 séculos, continuam existindo no português contemporâneo. Para "filisteu" o dicionário Houaiss traz: "aquele que é ou se mostra inculto e cujos interesses são estritamente materiais, vulgares, convencionais; que ou aquele que é desprovido de inteligência e de imaginação artística ou intelectual".
Freqüentemente, surgem bem-intencionadas patrulhas lingüísticas tentando corrigir as injustiças. Ainda não vi ninguém propondo eliminar "beócio" e "filisteu" de nosso léxico, mas acho que a sugestão não apareceu mais por desconhecimento do que por falta de disposição. Recente cartilha do governo federal queria limar termos "preconceituosos" como "anão", "aidético", "barbeiro", "beata", "comunista", "xiita", "funcionário público", "peão". Escrevi algo a respeito na coluna "Tributo à estultice".
Tais esforços, além de tolos, acabam muitas vezes tendo efeito muito diferente do inicialmente imaginado. É o caso da palavra "cretino". Em regiões montanhosas, como a Suíça, são pobres as fontes de iodo ambiental, o que, antes do processo de iodatação do sal de cozinha, tendia a provocar alta prevalência de hipotireoidismo congênito (ou cretinismo). Como os bons helvéticos já eram politicamente corretos "avant la lettre", recusavam-se a chamar as crianças afetadas pela síndrome pelo nome de "idiotas". No século 18, passaram a usar o mais piedoso termo "cristão", que soava "crétin" no francês dialetal ali falado. Acabaram inventando, sem querer, a palavra "cretino", hoje de alcance mundial e politicamente incorreta. Preconceitos podem até ser reforçados pela língua, mas são capazes de sobreviver muito bem sem ela.
A lição a tirar dessas historietas é que é bobagem tentar legislar sobre um fenômeno tão complexo como a linguagem. Uma analogia válida seria a de deputados tentando baixar uma lei para regular a taxa de mutação do gene p53. Não vai dar certo. Quer dizer, a reforma poderá até nos levar a escrever as palavras de um geito (sic) diferente, mas isso em nada alterará a essência ou os processos da língua e não chegará nem perto de tornar as muitas variantes do português mais intercompreensíveis. Ao contrário, irá apenas criar o incômodo de exigir de alguns milhões de usuários que percam algum tempo para aprender as novas regras cuja arbitrariedade só não é superada pela inutilidade. Se há algo a ser eliminado, não são acentos e hifens, mas a estultícia de burocratas.

Hélio Schwartsman, 41, é editorialista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha Online às quintas.

E-mail: helio@folhasp.com.br

25.8.07

Arte, Tecnologia, Visibilidade, Google


VanityRing
A project by Markus Kison.
Signficativa representação de uma das relações entre sujeito e mídia.




Projectdescription
While in earlier times richness and importance were equal to the amount of money or jewels someone possessed, in a post information society it's the attention you get from the worlds people, that counts. Being in people's mind means being important, whether they think about you in a positive way our not doesn't matter. And what people have in their mind is what they read in the media. In the future this will mean, what they read/see on the net. Every content creator that copies and pastes your name will rise the value of your virtual mirrored importance. And there is a hard mechanical algorithm on the net, that extremely objectively measures your appearance, it's called Google and has already passed the "line of no return" (Bruce Sterling). In most job interviews the personnel manager will already use this machine to check your importance and have a look at the first answers this mirror tells about you. Your mirror identity strikes back on your chances in the real world.

The VanityRing focusses on this development, taking it to an ironic peak. Rings are well known status symbols, and the included jewel's weight in carat is a comparable value for the personal ranking of its owner (the largest two diamonds are in the British crown jewels). The VanityRing doesn't have a jewel, instead it shows the number of hits one gets, when he searches Google for the name of the person who wears it, a more adequate value in our time. It is personalized using a custom software, and after the name is typed the ring will change its display to show the personal "attention carats", while every night, when it is inserted into its docking station the ring is reloaded and updated.

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23.8.07

Portal E-Book

Docentes, pesquisadores e alunos da USP, Unesp e unicamp terão acesso a um acervo de 188 mil livros eletrônicos no Portal E-Books.
As coleções disponibilizadas são bem interessantes e contemplam diversas áreas. É lamentável que não seja um acesso livre, dependendo de uma vinculção à universidade para obter uma senha.
A questão dos e-books nos remete a Orlandi e a Chartier.
Para Orlandi(1996),"distintas materialidades sempre determinam diferenças nos processos de significação".
Para Chartier(2003),as mudanças nos modos de organização e estruturação do suporte da escrita modificam usos, circulações, interpretações de um "mesmo" texto.
Desenvolvi uma análise a partir das considerações desses autores em minha tese sobre a Revista Escola e o site Escola On-line , disponível no site da Unicamp
ORLANDI,E. Interpretação. Petrópolis, Vozes, 1996.(Há uma nova edição pela Pontes)
CHARTIER,R. Formas e Sentido. Cultura escrita: entre distinção e apropriação. Campinas,SP, Mercado de Letras/ALB, 2003.

16.8.07

Domínios


E eu que pensava que .org era só para entidades não-governamentais sem fim lucrativos...

Veja A Dot-Org Stresses That It’s No Dot-Com

13.8.07

Condições de produção de sentidos

Muito interessante o diálogo entre Burke Hansen e Jeremy Malcolm no site The Register
Hansen, após participar da mais recente reunião da ICANN em San Juan, afirma que o IGF ainda está procurando alguma coisa para governar. Hansen afirma ainda que,após uma hora de discussão sobre o tema, durante a reunião, não tem a menor idéia do que o IGF realmente faz, ou se ele tem até algum poder pra fazer alguma coisa. Acredita que o IGF tem muito trabalho se quiser ser considerado alguma coisa mais do que uma versão castrada da ICANN.
A isso, Malcolm reafirma o papel do IGF e destaca que alguns estão tentando esvaziar o acordo alcançado no WSIS, de modo que até o poder de fazer recomendações seja retirado do IGF. Por isso, afirma Malcolm, Hansen teve dificuldades de entender o papel do IGF, baseado em discussões na reunião da ICANN.

As instituições e suas formações histórico-ideológicas não podem ser deixadas de lado na compreensão discursiva, enquanto condições de produção de sentidos.

12.8.07

Direitos Civis e Vigilância

Como já afirmou Orlandi(2004),pensar a cidade significa pensar em excesso, em aglomeração, quantidade. Vejo hoje, no NYT, notícia que indica vigilância aos cidadãos em um nível propiciado pela tecnologia que pode ser entendido como demasiado, excessivo. Seria uma junção esperada: cidade, tecnologia, vigilância? Não me parece, já que pode haver caminhos de segurança que não firam os direitos civis.
China Enacting a High-Tech Plan to Track People

ORLANDI,E.P.Cidade dos Sentidos.Campinas,SP:Pontes,2004.

11.8.07

Les réfugiés du Net


Souvent d'un confort feutré avec leurs spacieuses bibliothèques de mangas et de DVD, leurs box au fauteuil moelleux séparés par de minces cloisons à mi-hauteur et leurs distributeurs de boissons, sandwichs ou bols de nouilles instantanées, les cafés Internet qui fonctionnent 24 heures sur 24 sont les nouveaux repaires des jeunes Japonais.
La plupart viennent pour surfer sur le Web, d'autres pour tuer le temps, regarder la télévision ou se reposer dans la pénombre d'un lieu confortable, loin du brouhaha des rues des quartiers animés. Certains en ont fait leur tanière. Ce sont les "réfugiés du Net" : des jeunes de 20 à 30 ans qui naviguent d'un petit boulot à l'autre et ne gagnent pas assez pour se payer un logement ou une chambre d'hôtel. Dans les cafés Internet, ils peuvent passer six heures pour 1 500 yens (9 euros) ou moins dans les quartiers périphériques. La plupart des grands établissements disposent d'une centaine de box.
Minuit passé. Devant la machine à boissons chaudes, il attend que son gobelet se remplisse. La trentaine, jeans et tee-shirt bleu, les cheveux en broussaille. "Cool" comme des milliers de ses congénères croisés auparavant dans les rues du quartier branché de Shibuya à Tokyo. "Vous, vous cherchez un nouveau pauvre ?, dit-il, avec un sourire amer. Bingo ! Vous l'avez. Trente ans, une vingtaine de boulots sans lendemain. Depuis trois mois, je vis ici avec un petit sac et des sous-vêtements jetables. Je suis un "one call worker" : enregistré auprès d'une agence de placement qui m'appelle sur mon portable quand il y a un boulot. Dans les 1 000 yens de l'heure. Je dépense 1 500 yens pour ma nuit. Je mange dans des McDo. Humiliant, non ? Le gouvernement parle de "seconde chance" pour les perdants comme moi, poursuit le jeune homme. Mais y en a marre : on ne quémande pas une chance, un coup de bol. On veut une vie décente, c'est tout. Mon nom ? Je suis personne dans cette société." Dans le gobelet, le café refroidit. Il le prend, puis, sur un "Salut !", part vers son box.
Les cafés Internet offrent un condensé de la société japonaise contemporaine : prospère, lisse et efficace en surface, mais parcourue d'ondes souterraines dénotant malaise et dysfonctionnements. Dans les cafés Internet les plus modernes, ceux des quartiers animés, l'accueil est digne d'un hôtel. Atmosphère feutrée et services multiples. Fondus parmi les clients - car rien dans leur apparence ne les distingue vraiment - se nichent les jeunes paumés.
Après une décennie de récession, la machine productive nippone est repartie, mais elle laisse sur le carreau nombre de jeunes. Ce sont des "freeters" (mot composé de l'anglais free et de l'allemand arbeiter, désignant ici ceux qui font des petits boulots, c'est-à-dire des jeunes en situation précaire). Ayant grandi dans le Japon de la "bulle financière" de la fin des années 1980, ils sont arrivés sur le marché du travail à la fin de la "période glaciaire" de la récession, quand les entreprises soucieuses de réduire les coûts ont sabré dans l'emploi permanent pour privilégier le travail temporaire. Ils forment ce que le quotidien Asahi a baptisé la "génération perdue".
Le gouvernement estime à 1,8 million le nombre des freeters, filles et garçons. Si, au début de la décennie, on a pu voir en eux l'expression des valeurs individualistes d'une génération plus orientée vers des satisfactions personnelles que ses parents dévoués à l' entreprise, beaucoup ont découvert que leur situation est moins synonyme de liberté que de précarité.
Aux largués de la reprise, freeters et jeunes désargentés arrivés de la campagne qui n'ont pas de quoi payer un loyer et encore moins les trois mois d'avance pour obtenir un logement s'ajoutent ceux que des sociologues anglais ont baptisés "neet" (Not in Education, Employment or Training). Ils ne sont pas étudiants ni en formation : ils dérivent. D'entrée de jeu, ils ont baissé les bras. Pour la plupart, ce sont des adolescents introvertis qui refusaient d'aller à l'école (phénomène préoccupant dans l'Archipel depuis une décennie). Adultes, ils restent refermés sur eux-mêmes. Ils seraient 800 000.
Les neet sont un symptôme du malaise d'une société devenue férocement compétitive, qui condamne leur inadaptation, la mettant au compte de la fainéantise. Un message qu'ils reçoivent comme une négation de leur droit à l'existence. Les neet forment une bonne partie des jeunes qui se suicident. Comme eux, beaucoup de freeters ont le sentiment d'être pris dans une nasse.
Les quelque deux mille cafés Internet que compte le Japon sont moins chers qu'un sauna ouvert toute la nuit ou que les "hôtels capsules", aux couchettes superposées comme dans un wagon-lit. Et les boissons sont gratuites. La nuit, les plus grands sont pleins.
Outre la faune des habitués (10 % selon les employés), qui viennent pour quelques semaines, voire quelques mois, on y côtoie des salariés qui ont raté le dernier train. Ils ronflent les pieds sur la tablette de l'ordinateur dans les fauteuils inclinables des petits box de 2 m2, où l'on se déchausse avant d'entrer. Çà et là, dans les compartiments à deux, des couples profitent de la pénombre complice pour se caresser discrètement. Certains sont des lycéens qui ont raconté à leurs parents qu'ils dormaient chez un copain ou une copine. Devant d'autres box sont posées des chaussures à talons hauts : des filles de la nuit (hôtesses de bar et autres) qui attendent les premiers métros. Au petit matin, tout ce petit monde s'ébroue vers les douches de l'établissement. Certains ont même une salle de sport.
Les réfugiés du Net sont l'une des facettes de la nouvelle pauvreté nippone, fille d'une inégalité croissance entre ceux qui ont un travail fixe et les autres. Une disparité qui passe désormais par un clivage entre générations.
Philippe Pons
Article paru dans l'édition du 10.08.07.

Evento Mídia Locativa


Mídia Locativa é um conjunto de tecnologias e processos info-comunicacionais cujo conteúdo informacional vincula-se a um lugar específico. Locativo é uma categoria gramatical que exprime lugar, como ?em?, ?ao lado de?, indicando a localização final ou o momento de uma ação. As mídias locativas são dispositivos informacionais digitais cujo conteúdo da informação está diretamente ligado a uma localidade. Isso implica uma relação entre lugares e dispositivos móveis digitais até então inédita. Esse conjunto de processos e tecnologias caracteriza-se por emissão de informação digital a partir de lugares/objetos. Esta informação é processada por artefatos sem fio como GPS, telefones celulares, palms e laptops em redes Wi-Fi ou Wi-Max, Bluetooth, ou etiquetas de identificação por rádio freqüência, RFID. As mídias locativas são utilizadas para agregar conteúdo digital a uma localidade, servindo para funções de monitoramento, vigilância, mapeamento, geoprocessamento (GIS), localização... Dessa forma, os lugares passam a dialogar com dispositivos informacionais, enviando, coletando e processando dados a partir de uma relação entre informação digital, localização e artefatos digitais móveis. Várias empresas, mas também artistas e ativistas, têm utilizado a potência das mídias locativas como forma de marketing, publicidade e controle de produto, mas também como escrita e releitura do espaço urbano, como forma de apropriação e resignificação das cidades.
(André Lemos)

Universal Music e DRM

O maior conglomerado musical do mundo - Universal Music - venderá uma boa parte de seu catálogo sem a cópia de proteção conhecida como DRM - Digital Rights Management, segundo The New York Times de 10 de agosto.
Universal Music Will Sell Songs Without Copy Protection
A decisão não é definitiva. Na verdade, é um teste, que se desenrolará até janeiro, permitindo aos executivos estudarem a demanda de consumo e algum efeito na pirataria online. Segundo o Jornal, a adoção dessa prática permanentemente exerceria pressão nas outras companhias e poderia gerar um debate mais abrangente sobre como tratar as questões de propriedade intelectual na era digital.

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9.8.07

Timor Leste e Língua Oficial

"Penosa matéria obrigatória em um novo país: Língua Portuguesa DILI, Timor Leste - O ruído de um gerador e o chiado de ventiladores de teto abafaram as palavras calmas de um juiz, que fazia perguntas a uma testemunha em um julgamento de assassinato durante uma tarde quente.

Mas mesmo se tivesse sido possível escutá-lo, a maioria das pessoas espalhadas pela pequena sala do tribunal, inclusive o réu e a testemunha, não teriam entendido o que ele dizia.

O juiz estava falando em português, a mais nova língua a ser usada nos tribunais, escolas e no governo - uma língua que a maioria das pessoas no Timor Leste não fala.

As línguas mais faladas na outrora colônia portuguesa são o tétum, língua dominante, e indonésio, a língua do gigante vizinho do Timor Leste.

Por um quarto de século, o português foi aí uma língua morta, falada somente pelas gerações mais velhas. A língua foi banida após a Indonésia ter anexado o Timor Leste ao seu território em 1975, e ter imposto aos timorenses seu próprio idioma.

Em uma confusa reviravolta, uma nova Constituição impôs novamente a língua portuguesa, logo após o Timor Leste ter conquistado sua independência em 2002. Então, os marginalizados se tornaram novamente a tendência, e vice versa.

A conveniência lingüística foi sacrificada pela política e pela emoção. Em um país que nunca foi governado por si próprio e que tem tão poucos símbolos de coesão nacional, essa língua de resistência aos colonizadores indonésios era um emblema - particularmente para a geração mais antiga – de liberdade e de identidade nacional.

A escolha trouxe um emaranhado de complicações, privando de direitos civis a toda uma geração de falantes do indonésio e introduzindo uma nova barreira lingüística em meio a tantos outros problemas já enfrentados pelo país.

Além de trabalhar para prover saúde, educação, serviços públicos, emprego e até mesmo comida para seu povo, o Timor Leste está envolvido agora em um tortuoso caminho de aprendizagem de sua própria língua oficial, tendo de importar vários professores de Portugal para ajudarem nessa tarefa.

"Eu já conclui dois níveis de português, mas ainda não falo muito bem, somente português básico," disse Zacharias da Costa, de 36 anos, um professor de Gerenciamento de Conflitos da Universidade Nacional do Timor Leste.

Dentro de cinco anos, de acordo com o planejamento do governo, ele terá de lecionar todas suas aulas em português, uma língua que dificilmente é escutada no campus.

Em um quadro de avisos na entrada do campus, há quatorze recados deixados por professores. Oito escritos em tétum, quatro em indonésio e dois em inglês. Nenhum está escrito em português.

Por mais estranho que pareça, a experiência do Timor Leste não é incomum, disse Robert B. Kaplan, um antigo co-editor do periódico 'Current Issues in Language Planning'.

A imposição de novas línguas nacionais acontece quando países são colonizados e também quando são descolonizados, disse ele. Às vezes, como no caso do Timor Leste, isso acontece pela segunda vez quando o país é novamente descolonizado.

Os problemas de língua no Timor Leste são os mesmos de muitos países que tornam decreto a mudança de língua, complicando a rotina diária do país e separando o povo de sua história e literatura, a qual foi escrita no que talvez vá se tornar uma 'língua alienígena'.

No Azerbaijão, por exemplo, uma ex-república socialista soviética que agora é completamente independente, uma simples mudança no alfabeto, do cirílico para o romano, criou uma nova classe de 'analfabetos'.

Os tribunais do Timor Leste estão entre as instituições mais afetadas. Traduções entre português, tétum e indonésio levam a um jogo de telefones que acarreta na freqüente distorção dos depoimentos.

Durante eleição parlamentar recém-completada, as coletivas de imprensa eram ministradas em quatro línguas, muitas vezes produzindo diferentes versões da notícia.

No 'Timor Post', um jornal em língua inglesa, jornalistas disseram que não conseguiam ler as declarações do governo em português, então eles as ignoravam.

O número relatado de falantes do português em Timor Leste varia muito, talvez devido aos diferentes critérios para definir a fluência e talvez ainda por causa dos efeitos dos atuais programas de treinamento na língua.

A ONU relatou em 2002 que somente 5% da população que é de 800.000 pessoas
falava português. No censo de 2004, 36% alegaram ter "aptidão para o português", disse Kerry Taylor-Leech, lingüista da Universidade de Griffith na Austrália, que escreve sobre as línguas do Timor Leste. "Desde a década de 90, pode-se perceber que uma mudança de língua está acontecendo," ela disse "As mudanças em relação ao que eu já vi estão acontecendo bem rapidamente."

De acordo com o censo, 85% dizem ter aptidão para o tétum, 58% para o indonésio e 21% para o inglês.

A nova Constituição estabelece o português e o tétum como as duas línguas oficiais do país, mas tétum é visto como uma língua não desenvolvida e pouco rebuscada (thin), e a maioria dos negócios oficiais do país é conduzida em português.

"Esta é uma decisão política e eu tenho que acatar, quer eu goste ou não," disse a juíza Maria Pereira, funcionária do tribunal do distrito de Dili, que fez um curso intensivo e agora escreve suas sentenças no que ela chama de um português bem razoável. "Eu não tenho escolha. Como juíza, eu tenho que cumprir a lei".

Alguns jovens falantes de indonésio, que a princípio se opuseram ao uso do português, agora dizem adotar a nova língua como forma de enriquecer e desenvolver o tétum. Cerca de 80% do tétum já é composto de palavras emprestadas ou influenciadas pelo português, disse a Sra. Taylor-Leech, embora ela diga que, falar português, dificilmente levará a um aumento deste número.

Outra abordagem vem do presidente José Ramos - Horta, um dos autores da lei referente à língua portuguesa. "Nós temos que repensar nossas políticas com relação à língua", disse ele em entrevista por telefone.

Em um primeiro passo, disse ele, o inglês e o indonésio deveriam se juntar ao português e ao tétum como línguas oficiais. "Eu não vejo problema algum em um país ter quatro línguas oficiais."

Mas o seu plano não para por aí, dando a entender que questões sobre a língua poderiam ocupar o país nos anos que estão por vir.

Assim que eles estivessem acostumados às quatro línguas oficiais, disse ele, "Nós podemos dar ao povo a opção de escolher duas delas como obrigatórias."


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A versão em português me foi passada no groups.yahoo.com/group/CVL/