midiautoria

Midiautoria é um espaço para se falar sobre ser autor em uma sociedade midiatizada. Sentidos circulam nos/ por intermédio de diversos instrumentos tecnolingüísticos, constituindo efeitos de sentidos. Pensar, aqui, sobre as materialidades e suas potencialidades para um processo de autoria, que implica sempre heterogeneidade, acaba por nos colocar no movimento de ser autor.

Nome:

Doutora em Educação e estudiosa na área de tecnologia, em uma perspectiva discursiva.

24.7.07

Fórum Conhecimento e Tecnologia da Informação

“Natureza e tecnologias: gestão e divulgação de conhecimentos”

Unicamp/ Auditório BC/ 9 de agosto de 2007

8:45 - Abertura do evento
Fernando Costa (representante CGU)
Luiz Cortez (representante CORI)
Jorge Tápia (representante COCEN)
Vera Regina Toledo Camargo (coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade – Nudecri)
Eni Orlandi (coordenadora do Laberub/ Nudecri)
Telma Domingues da Silva (organizadora)

9:00 - “Conhecimento científico, conhecimento tradicional e políticas públicas”
Palestrantes: Antonio Carlos Diegues (Nupaub/USP), Eni Orlandi (Labeurb/Unicamp) e Teresa Cristina Moreira (MMA)
Coordenadora da mesa: Telma Domingues da Silva

10:30 – Intervalo

10:45 – “Exploração e consumo da Floresta Tropical: recursos genéticos e rituais xamânicos”
Palestrantes: Maíra Bueno (IFCH) e Homero Martins (INCRA)
Debatedor: Mauro Almeida (IFCH)

12:00 – Almoço

14:00 - Circulação de conhecimento e o manejo dos recursos naturais
Palestrantes: Dauro Marcos do Prado (representante das comunidades caiçaras na Comissão de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais), Telma Domingues da Silva (Labeurb/ Unicamp) e Alpina Begossi (Nepam/Unicamp)
Debatedora: Regina Müller

15:45 – Intervalo

16:15 - “Divulgação científica e meio ambiente: entre a escola e os meios de comunicação”
Palestrantes: Antonio Carlos Rodrigues de Amorim (Olho/FE/Unicamp) e Martha Marandino (FE/USP)
Debatedor: Rafael Evangelista (Labjor/ Unicamp)

RESUMO DO EVENTO:
O Fórum “Natureza e tecnologias: gestão e divulgação de conhecimentos” aborda a distinção entre conhecimento científico e conhecimento tradicional para uma discussão do papel da Universidade nas políticas ambientais públicas. A noção de “população tradicional” difunde-se associada à temática da preservação da biodiversidade, no contexto histórico da globalização. Afirma-se, nessas condições, a necessidade de “preservação” da diversidade biológica e de reconhecimento da diversidade cultural como patrimônios, não mais nacionais, mas da humanidade. O Fórum propõe a discussão de aspectos que envolvem a produção e a difusão de conhecimentos sobre o meio ambiente, tendo em vista compreender o jogo de forças que atua nesse âmbito, na direção de uma crítica sobre noções e distinções presentes na política ambiental, e em que medida são ou não sustentadas pelo conhecimento produzido na Universidade.

Keep the Core Neutral

Keep The Core Neutral: Click Here
Clicando na imagem, pode-se conhecer a petição endereçada à ICANN, com o pedido para que se restrinja às questões técnicas nas decisões sobre domínios. Vê-se um posicionamento que procura colocar a técnica como neutra, livre de posicionamentos ideológicos. Há um debate em movimento, como pode ser lido na transcrição da reunião da ICANN em San Juan: NCUC gTLDS - Freedom of Expression Workshop
Quais os sentidos de neutralidade nessa discussão?

17.7.07

Lei Brasileira de Controle da Internet

Li no blog do André Lemos e repasso aqui o site Safernet onde há um link para o chat com Thiago Tavares e com o senador Eduardo Azeredo sobre lei de controle da Internet.

http://www.safernet.org.br/

16.7.07

The Wealth of Networks


Comecei a ler o livro do Benkler - The Wealth of Networks - sobre o novo sistema de produção de informação que vivemos hoje. Seria interessante encontrar outros leitores pra trocarmos idéias. Pode-se baixar o livro em http://www.benkler.org

14.7.07

Política Pública e Internet

O que é política pública na Internet? Em que medida as questões técnicas e operacionais se inserem nas questões de políticas públicas? O que significa e quais as implicações da distinção feita na Tunis Agenda entre questões de políticas públicas e questões técnicas?
Essas são algumas questões que me interessam muito discutir e que serão conteúdo de um dos workshops do IGF, no Rio. A organização desse workshop está a cargo da Internet Governance Project

13.7.07

Padrões Abertos

No Le Monde de ontem, Samuel Hocevar, eleito em abril de 2007 para a direção do Debian, além de ser membro fundador do Wikimedia France, deu uma entrevista sobre software livre. Veja trecho: "... toujours pour lutter contre l'espionnage industriel, il faut précisément utiliser des standards ouverts... La prise de conscience arrive petit à petit."

Samuel Hocevar : "Sur les logiciels libres, la prise de conscience se fait petit à petit" para a entrevista completa. Não deixe de ler também as reações ao artigo.

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12.7.07

Publicação RIE/OEI - Chamada

A Revista Iberoamericana de Educación lança chamada para publicação, em sua versão impressa, sobre o tema "Políticas tecnológicas para la sociedad del conocimiento". A data limite é 15 de setembro.Veja mais informações em http://www.rieoei.org/45Justificacion.pdf

9.7.07

Sendo vigiados

Li no Le Nouvel Observateur de hoje que a Commission nationale de l'informatique et des libertés se inquieta com o progresso tecnológico que poderá ameaçar a proteção de dados e das liberdades. Segundo Türk, presidente da Cnil, a inovação tecnológica pode trazer progresso e perigos. Os indivíduos são atraídos pelo conforto que ela oferece, mas são pouco conscientes dos riscos que ela comporta. Eles não se preocupam com o controle de seus lugares, seus comportamentos, suas relações, seus gostos. Se em 2005, houve 300 pedidos de instalação de câmaras, em 2006 foram 880. Muito desse aumento se deve à inflação da legislação antiterrorista. Outra fonte de preocupação, segundo o recente relatório da Cnil, são os pedidos de autorização para uso de dispositivos biométricos, como por exemplo, o acesso a restaurantes escolares pelo reconhecimento do contorno da mão.
Veja mais detallhes em La Cnil lance une alerteà la "société de surveillance
Seria possível se chegar a um ponto de equilíbrio dessas ações de controle? Me parece que não. Talvez porque na nova agenda social em que vivemos, os conflitos estão acirrados e a sensação de insegurança cresce de maneira proporcional ao que a mídia revela do desamparo de muitos. Mas acredito que o mais relevante não seria buscar um ponto de equilíbrio, mas sim negar o controle enquanto um valor. Afinal, aceitar o controle significa manter o poder nas mãos de alguns, que sabemos ainda continuam os mesmos. A questão é repensar as políticas públicas. Fazer acontecerem, de maneira honesta, propostas educacionais, de moradia e de alimentação para que ninguém precise ser vigiado.

8.7.07

GigaNet Symposium- Chamada trabalhos

A GigaNet(Global Internet Governance Academic Network) - cujo objetivo é promover o desenvolvimento da Governança da Internet como um campo interdisciplinar de estudos e facilitar o diálogo sobre políticas e assuntos correlatos entre diversas instâncias sociais - lançou uma chamada para apresentação de pesquisas em seu segundo simpósio, a ser realizado no Rio, no dia 11 de novembro. O prazo para submissão é 1 de agosto. Veja mais detalhes em www.igloo.org/giganet

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7.7.07

Mia Couto no Cole


Mia Couto nasceu na Beira, em Moçambique, em 1955. Estudou medicina antes de se formar em biologia. Atualmente dedica-se a estudos de impacto ambiental. Em 1999, o autor recebeu o prêmio Vergílio Ferreira pelo conjunto de sua obra; em 2007, o prêmio União Latina de Literaturas Românicas. Seu romance Terra sonâmbula foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX. Dele, a Companhia das Letras publicou O último voo do flamingo, Um rio chamado tempo, Uma casa chamada terra, O outro pé da sereia e A varanda do Frangipani.
No dia 10, às 17h30, no Congressso de Leitura do Brasil, na Unicamp.

5.7.07

Processo preparatório IGF - Propostas de trabalho

No dia 04, continuamos o seminário, a fim de criar uma agenda de ações para incrementar nossa atuação no IGF. Algumas estratégias consideradas: . ampliar conhecimento sobre IGF para outros atores, mediante encontros e circulação de documentos (vários participantes do Seminário se propuseram a realizar essa ação); realizar um curso online sobre Governança da Internet ( a cargo do Nupef/Rits); criar um documento, expressando nossas posições e colocá-lo em Wiki para discussão (a cargo, inicialmente, do Gustavo Gindre, e depois de todos nós!).
O que me ficou evidente durante o Seminário é a importância de uma atuação coletiva sobre as questões que envolvem a Sociedade da Informação. Muitas são as instâncias sociais afetadas, mas ainda poucas são as realmente envolvidas na discussão e atuação capazes de gerar transformações nas políticas atuais. Buscar os espaços de atuação e criar movimento nessa direção é nosso desafio.

Processo preparatório IGF - novos dizeres




Continuando as aprensentações nas mesas de trabalho.

Robin Gross discute os desafios e as oportunidades do acesso ao conhecimento (Access to Knowledge - A2K). Há toda uma política de proteção aos direitos de propriedade intelectual que precisa ser repensada. Gross destaca as restrições técnicas, controlando a mídia, com o DRM; as obrigações legais discutidas pela WIPO; as políticas de restrições técnicas da ICANN, contra a liberdade de expressão. Robin Gross conclui que há pouca proteção para expressão livre. Convida a todos a conhecerem o movimento Keep the core neutral: http://www.keep-the-core-neutral.org/

Pedro Paranaguá, representante do Brasil na OMPI - Organização Mundial de Propriedade Intelectual, apresentou um excelente histórico das políticas de propriedade intelectual, trazendo curiosos exemplos em diversas áreas de produção de conhecimento. Destaca a questão das travas tecnológicas como restrições ao compartilhamento de conhecimento produzido. Chama nossa atenção para a campanha Restrições tecnológicas - Você paga e leva menos, organizada pelo Idec.

Magaly Pazello trouxe uma relevante discussão sobre a governança da Internet e as questões de gênero. Esclarece que gênero é aqui entendido como representações cristalizadas do que é feminino e masculino e a naturalização do que é social, cultural. Critica a tendência de nos documentos as questões de gênero aparecerem na lista dos minoritários, sem especificar as suas diferenças, sendo essa uma estratégia para não transformar em políticas públicas.

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Processo preparatório IGF


Acompanhar as questões da governança é acompanhar o processo democrático.
Carlos Afonso

Importantes questões sobre Governança da Internet foram discutidas no 1o. Seminário para reflexão (03 e 04 de julho), dentro do processo preparatório para a reunião do IGF Rio 2007. O seminário foi organizado pelo Nupef/Rits, Direito GV, CTS/FGV e DiploFoundation, com o apoio do CGI.br e da Fundação Ford.

Apresento algumas anotações, correndo o risco da imprecisão. A Direito GV pretende publicar todos os trabalhos das mesas.

Alexandre Bicalho discutiu os modelos de governança, salientando o relevante papel do Brasil na idéia de um modelo que contemplasse as vozes de atores de diversas instâncias sociais - multistakeholders - configurando uma política de diálogo que seja multilateral, democrática e transparente. E isso como princípio de ação, não apenas em relação à Internet, mas princípio de um modelo global de governança. Assim, Bicalho considera fundamental a internacionalização do modelo de governança, no sentido de,por exemplo, discutir algumas questões estruturais que hoje são dominadas pela iniciativa privada e supervisionadas por apenas um governo. Bicalho destaca, então, a importância do IGF para apontar mecanismos apropriados para resolver as questões pertinentes à Internet, sendo não um fórum de discussão que se encerra em si mesmo, mas trazendo recomendações, mediante um documento que consolide as discussões, para gerar mais informação à sociedade.

Gustavo Gindre considerou que a Internet pressupõe diferentes interesses se contrapondo, não seguindo um leito linear, havendo um jogo de forças, o que significa que existe sim governança da Internet, trazendo implicações políticas, econômicas, sociais, já que cada vez mais as relações sociais se dão neste espaço. A questão que Gindre coloca é: governança de quem, para quem? Para Gindre, Túnis avançou, grande parte graças ao Brasil que enfatizou a noção de representatividade,os multistakeholders. Mas permanece o desafio: como a iniciativa privada, a sociedade civil terá representatividade na governança da Internet? A Internet está em constante mutação. Antes, mais uma mídia; hoje, fagocitando outras mídias. Portanto, a governança é mais complexa, porque, entre outros aspectos, toca em organismos internacionais diversos com suas lógicas próprias e toca em questões com regulações específicas nacionais. Assim, Gindre pensa um modelo de governança subdividido em camadas: infraestrutura, lógica, arquitetura, conteúdo.

Sérgio Amadeu inicia lembrando Castells, com a concepção de que sociedades que se beneficiam de quebras de hierarquias se dão melhor, constituindo uma sociedade em redes. Amadeu destaca que há exigências de normas para que uma rede converse com outra. Traz para discussão a questão dos padrões e protocolos, sendo esses antes vistos como tendo apenas relevância econômica, hoje, dado o cenário informacional, influenciam a cidadania, já que guardam decisões de grande impacto. A Internet pode ser concebida como um grande acordo entre camadas. Os padrões devem ser por consenso definidos, o que significa que não pode ser o do monopólio; deve haver espaço para novas possibilidades, inovação. Amadeu discorre sobre a relevância, em diversos níveis, do padrão ODF - interoperabilidade plena, aberto, público. Além disso, Amadeu critica fortemente o OpenXML, trazendo alguns exemplos de sua inconsistência.

Sérgio Rosa afirma que a Internet não é a solução para os povos, mas sim um meio de comunicação. Destaca a cultura do software livre como fundamental no Brasil. Entende que as questões da Internet, do IGF precisam ser mais popularizadas, não ficando restritas a grupos seletos que decidem.

Mais tarde apresento os outros participantes

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