Acesso aos bens culturais
Sobre os bens culturais, Adorno afirma (em 1944!): "O que se poderia chamar de valor de uso na recepção dos bens culturais é substituído pelo valor de troca; ao invés do prazer, o que se busca é assistir e estar informado, o que se quer é conquistar o prestígio e não se tornar um conhecedor". (Dialética do Esclarecimento, p. 148).
Adorno já via bem a diferença entre informação e conhecimento. Um dos aspectos interessantes dessa sua afirmação é a relação entre prazer e conhecimento. Este, enquanto processo, é fruto de um trabalho que nasce do desejo. Enquanto há a busca pela informação posta, imposta socialmente como a esperada, o acesso aos bens culturais se coloca apenas como "a necessidade de não ficar por fora", e, assim, mantém-se o jogo do mercado, sem reflexão.
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